A administração da Universidade da Sorbonne de Paris manda encerrar o seu campus no subúrbio de Nanterre, devido a conflitos com os estudantes. A 3 de maio, há uma assembleia de estudantes na Sorbonne, que é dispersada pela polícia. Seguem-se uma manifestação e confrontos com as autoridades. A polícia detém e identifica cerca de 600 pessoas. A 6 de maio, uma nova manifestação, no Quartier Latin, é violentamente reprimida. O número de manifestantes aumenta (chega aos 40 000 estudantes) e o radicalismo de esquerda toma conta das universidades e da cidade com palavras de ordem como «Sejamos realistas, exijamos o impossível». A 10 de maio, os sindicatos franceses convocam uma greve geral em solidariedade com os estudantes. Os distúrbios generalizam-se nas principais cidades do país. A 13 de maio, 1 milhão de pessoas manifesta-se nas ruas de Paris, durante a greve geral. Os sindicatos juntaram-se à contestação, com greves e protestos. A 23 de maio há 10 milhões de grevistas. A crise estudantil tem o ponto alto na chamada «noite das barricadas», a 24 de maio, em Paris. A 25 de maio, patrões e sindicatos reúnem-se no Ministério do Trabalho. Dois dias depois, chegam a acordo. Nasce assim o salário mínimo, as férias pagas com a duração de quatro semanas e a proteção dos direitos sindicais nas empresas. A contestação atenua-se. A 29 de maio, o Presidente de Gaulle abandona Paris e, temendo uma revolução, refugia-se numa base militar francesa na Alemanha. No dia seguinte regressa a França, dissolve a Assembleia Nacional, marca eleições para 23 de junho e ameaça decretar o estado de sítio. As suas palavras geram de imediato uma gigantesca manifestação de apoio em Paris. Em 23 de junho, os gaullistas e os seus aliados vencem as eleições legislativas, obtendo a maioria absoluta na Assembleia Nacional. O primeiro-ministro Georges Pompidou é reconduzido à frente do Governo.