Tentativa de golpe Estado desencadeada por forças militares apoiantes do então general Spínola, seguida de contragolpe. No rescaldo, serão presos 144 militares. Nesta espécie de intentona desencadeou-se o ataque ao quartel do Regimento de Artilharia Ligeira 1, conhecido como RALIS, o assalto ao emissor do Radio Clube Português, no Porto Alto e o início da sublevação da GNR. Nas escaramuças morreu um soldado, Joaquim Carvalho, e registaram-se dezenas de feridos. O general António de Spínola, com mais 18 oficiais, fugiria de helicóptero para Espanha, partindo depois para o exílio no Brasil. Ocorrem assaltos a sedes partidárias do CDS, do PDC e do PPD, e também da Confederação da Indústria Portuguesa, em Lisboa, dada a participação na intentona de empresários conhecidos. No mesmo dia manifestantes de extrema-esquerda assaltam e saqueiam a casa de Spínola incendiando-lhe os papéis. Os principais partidos políticos (PS, PPD, PCP) emitem declarações a condenar os acontecimentos. Nos dias seguintes a Junta de Salvação Nacional será extinta, institucionaliza-se o MFA, cria-se o Conselho da Revolução e a Assembleia do MFA. Realiza-se ainda uma manifestação unitária a celebrar a derrota da tentativa de golpe de Estado. Na noite de 11 uma manifestação unitária de partidos de esquerda junta cerca de 100 mil pessoas na Avenida da Liberdade, Em Lisboa. Nos dias seguintes o COPCON fez largas dezenas de detenções. Segundo o República de 22 de abril estiveram implicados na tentativa de golpe 163 civis e militares.