Cronologias

Uma declaração do Conselho de Ministros determina medidas de austeridade nos setores energéticos, numa campanha de poupança de energia.

Em Lisboa, no Supremo Tribunal de Justiça, o PPD formaliza a sua legalização enquanto partido político.

Tem início no Porto, no Palácio de Cristal, o I Congresso do CDS. Os 712 congressistas, seus familiares, membros da Juventude Centrista e convidados estrangeiros são cercados por milhares de manifestantes hostis de extrema-esquerda (OCMLP, MES, LUAR, LCI e PRP) até à manhã do dia seguinte, tendo os trabalhos sido interrompidos. O boicote ao congresso começou com manifestações na Praça da Liberdade. A batalha campal envolveu barricadas, carros incendiados e cocktails molotov, tendo-se registado 16 feridos, três dos quais com gravidade. O cerco só terminaria após o envio de tropas de Lisboa, após a aparente passividade de algumas unidades do Porto.

Visita oficial do Presidente Leopold Senghor a Portugal, com a assinatura de um acordo comercial com o Senegal.

Publicação do Acordo do Alvor, assinado a 15 de janeiro, entre o Estado Português e a FNLA, o MPLA e UNITA, determinando o processo e o calendário do acesso de Angola à independência.

O Decreto n.º 34/75 nomeia o general António Silva Cardoso como alto-comissário de Portugal em Angola, nos termos dos Acordos de Alvor. Demitir-se-á do cargo a 2 de agosto, sendo substituído pelo Almirante Leonel Cardoso.

Estreia, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, a peça A Noite do 28 de setembro, de Richard Demarcy, primeira das quatro fábulas teatrais sobre a revolução portuguesa escritas por este dramaturgo e Teresa Mota. A encenação é o primeiro trabalho do recém-criado Centro Cultural de Évora, o primeiro projeto de descentralização teatral em Portugal, fundado por Mário Barradas a 2 de janeiro. O centro dará origem ao CENDREV (Centro Dramático de Évora) e a uma escola de formação teatral.

Morre, em Lisboa, o cineasta Manuel Guimarães.

O petroleiro Jacob Maersk encalha e depois explode junto ao Porto de Leixões em Matosinhos. Lança ao mar 98 milhões de litros de crude, provocando uma catástrofe ecológica. No desastre morreram seis tripulantes. Estima-se que os milhares de toneladas de petróleo foram arrastadas até trinta e dois quilómetros do litoral. Em praias a 50 km do acidente foram encontrados vestígios de hidrocarbonetos.