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Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre identidades religiosas e a dinâmica social na Área Metropolitana de Lisboa.

Identidades religiosas e dinâmica social na Área Metropolitana de Lisboa

Como é a paisagem religiosa na região de Lisboa? Como se distribuem as posições religiosas por área geográfica na Área Metropolitana de Lisboa? Com que regularidade praticam os lisboetas o seu culto religioso? Encontre a resposta a estas e outras questões neste estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
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Estudo Identidades religiosas e dinâmica social na Área Metropolitana de Lisboa, da Fundação Francisco Manuel dos Santos
Identidades religiosas e dinâmica social na Área Metropolitana de Lisboa


Nos últimos anos, reacendeu se na Europa a discussão acerca do impacto dos fluxos migratórios nos modelos de coesão social. Os resultados de diversos estudos parecem apontar para o facto de que, na Europa, a tolerância face à diferença étnica e religiosa está dependente dos equilíbrios demográficos. As nações europeias que vivem de forma mais tensa a integração de novas identidades religiosas são territórios mais pressionados pelo peso demográfico dos novos residentes.

Este estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, ao debruçar-se sobre a paisagem religiosa na região de Lisboa (a região de maior diversidade religiosa no território português), procura testar essa hipótese com maior eficácia, por meio daquilo a que os seus autores chama “um efeito de zoom” tendo em conta as dinâmicas sociais que caracterizam a modernidade própria desta geografia. Nesse sentido, o estudo aborda:

 

  • a distribuição das posições religiosas por área geográfica da Área Metropolitana de Lisboa
  • o desempenho de tarefas regulares na comunidade religiosa
  • a naturalidade dos crentes nascidos no estrangeiro
  • a relação entre a prática de atividades gerais de ocupação de tempos livres e a prática religiosa
  • a relação entre a crença religiosa e as opiniões em relação a temas como a eutanásia
  • a experiência da discriminação religiosa.


Com este estudo, a Fundação Francisco Manuel dos Santos procura contribuir para um conhecimento mais aprofundado da realidade portuguesa, cumprindo assim aquele que é o seu princípio fundador.

No presente estudo, 9,2 % dos indivíduos declaram uma identificação religiosa não católica. As minorias religiosas na Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresentam neste estudo um peso percentual semelhante ao verificado em Identidades Religiosas em Portugal (IRP) de 2011, na Região de Lisboa e Vale do Tejo (9,6 %). Sem perder do horizonte o facto de estarmos perante percentagens baixas, uma análise mais particularizada dos vários grupos permite colocar a hipótese de que, nas situações em que religião e etnicidade estão interligadas — como é o caso de uma parte significativa dos ortodoxos e dos muçulmanos —, existe provavelmente um ligeiro decréscimo, fruto das dificuldades próprias da passagem a uma segunda e terceira gerações e das dinâmicas dos fluxos migratórios. No conjunto das posições religiosas minoritárias, mais de metade é constituída por evangélicos e outros protestantes. Trata se de um universo representado por algumas igrejas bastante competitivas no campo religioso, revelando melhores condições de autorreprodução e possivelmente um crescimento muito ligeiro.
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