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Religião

25
Julho
1968
Na encíclica Humanae vitae, Paulo VI confirma a proibição da utilização de métodos contraceptivos pelos fiéis católicos. A única forma de limitação da natalidade admitida pela Igreja aos casais católicos é a abstinência sexual durante o período fértil da mulher e os chamados «métodos naturais», sendo condenados todos os métodos contraceptivos artificiais.
14
Junho
1966
A Congregação para a Defesa da Fé revoga o Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros vedados aos católicos criada em 1559 pelo Papa Paulo IV.
24
Março
1966
O arcebispo da Cantuária Michael Ramsey visita o Vaticano. É o primeiro contato entre a Igreja Anglicana e a Igreja Católica desde 1534.
08
Dezembro
1965
O Papa Paulo VI profere, na Basílica de São Pedro, em Roma, o discurso de encerramento da quarta e última sessão do Concílio do Vaticano II, a qual se debruçou sobre a Igreja perante as religiões não cristãs, a educação cristã e a liberdade religiosa. O concílio começara em outubro de 1962, sob a égide do Papa João XXIII.
07
Dezembro
1965
O Concílio do Vaticano II aprova em votação final os seus últimos quatro documentos, entre os quais um dos que gerou maior controvérsia, a declaração Dignitatis humanae, sobre liberdade religiosa, que defende que «em matéria religiosa, ninguém deve ser forçado a agir contra a sua consciência». Isto é interpretado como o reconhecimento pela Igreja da liberdade religiosa e da liberdade de consciência, anteriormente condenadas pelos papas. É também aprovada a constituição pastoral sobre a Igreja no mundo atual, Gaudium et spes.
28
Outubro
1965
É aprovada pelo Concílio do Vaticano II a declaração Nostra aetate, sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs, documento considerado revolucionário e fundador, para os católicos, do diálogo inter-religioso contemporâneo. Na secção sobre a religião muçulmana, que a Igreja pela primeira vez declara «estimar», sublinha-se o que nela é comum ao cristianismo e afirma-se que, se os muçulmanos não reconhecem Jesus como Deus, «veneram-no como profeta e honram Maria, sua mãe». Na secção sobre o judaísmo, sublinha-se o «património comum» às duas religiões, reafirma-se que os judeus não são coletivamente responsáveis pela morte de Cristo e deploram-se os ódios, perseguições e manifestações de antissemitismo de que os judeus foram alvo «em qualquer época e quaisquer que fossem os seus autores».
04
Outubro
1965
O Papa Paulo VI discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, elogiando a ONU e a sua dimensão universal.
14
Setembro
1965
Abertura da quarta e última sessão do Concílio Vaticano II.
14
Setembro
1964
Abertura da terceira sessão do Concílio Ecuménico do Vaticano II, que encerrará a 21 de novembro.
05
Julho
1964
Uma circular do Santo Ofício, assinada por Paulo VI e dirigida aos bispos, abranda os termos do decreto de maio de 1886 que determinava que a cremação era contrária à fé e que tanto aqueles que a ela se submetiam como os assistentes deveriam ser considerados pecadores públicos. De acordo com a circular, os fiéis que mostrem empenho em ser cremados podem receber os últimos sacramentos. Em Portugal o único forno crematório então existente, instalado em Lisboa em 1925, tinha sido encerrado em 1936 pelas autoridades do Estado Novo. Seria apenas reativado em 1985.