Relações Internacionais

I Conferência dos Chefes de Estado ou Governo dos Países «Não Alinhados», em Belgrado.

A polícia e as Forças Armadas da República Democrática Alemã encerram as fronteiras terrestres de Berlim Ocidental, procedendo à construção do Muro de Berlim.

Em Viena, a Agência Internacional de Energia Atómica anuncia que designou Portugal, a Checoslováquia e a Suécia para substituírem, no período de 1961/1962, a Bélgica, a Finlândia e a Polónia, como membros da organização. Portugal é escolhido pela segunda vez para a Junta da instituição.

O Kuwait torna-se independente do Reino Unido.

Cimeira de Khrushchev e Kennedy, em Viena, sobre a situação de Berlim.

Em Cuba, 1500 paramilitares, apoiados pelos EUA, desembarcam na baía dos Porcos. O objectivo é depor o governo revolucionário de Fidel Castro. A força paramilitar era constituída por exilados cubanos treinados e financiados pela CIA (Central Intelligence Agency). O episódio terminou com a vitória do exército cubano, o que reforçou a posição do governo castrista (que adoptou o socialismo revolucionário e reforçou os laços com a União Soviética) e constituiu um embaraço para a política externa norte-americana. Fidel Castro anuncia a derrota dos invasores a 20 de abril.

Início da III Conferência dos Povos Africanos, no Cairo, onde foi aprovada uma resolução política respeitante aos territórios africanos sob administração portuguesa e à liquidação do imperialismo. A I Conferência dos Povos Africanos realizou-se em Acra, no Gana, em dezembro de 1958.

O Presidente dos EUA, Dwight D. Eisenhower, disponibiliza 1 milhão de dólares para a ajuda aos refugiados cubanos. Nesta altura, chegam à Florida cerca de 1000 pessoas por semana.

O candidato presidencial John F. Kennedy avança, pela primeira vez, a ideia do Peace Corps, um programa de voluntariado que visa fornecer apoio técnico a regiões em vias de desenvolvimento, promovendo ainda o intercâmbio cultural.

No decurso da décima quinta sessão da ONU em que foi aprovada a Resolução 1514, conhecida por «Declaração Anticolonialista», a União Soviética, que se apresentava como paladino da luta contra o colonialismo e o imperialismo, foi criticada pela sua política colonialista na Europa do Leste. Nikita Khrushchev interrompeu ruidosamente vários oradores, chegando a usar os punhos e um sapato para bater no tampo da mesa em que se encontrava.