Após o assassinato de John F. Kennedy, o recém-empossado presidente Johnson foi detalhadamente informado sobre o que teria sido a futura agenda política do seu antecessor Kennedy.
Da panóplia de reformas apresentadas pelo principal responsável do conselho económico (chief economic advisor) Walter Heller, o novo presidente elegeu, com indisfarçável entusiasmo, o combate à pobreza.
De acordo com Heller, Johnson terá dito: «Este é o meu tipo de programa. Arranjarei o dinheiro de uma forma ou de outra. Se tiver que ser, desviarei dinheiro de outras coisas para arranjar dinheiro para as pessoas… Dêem-lhe a máxima prioridade. Vão em frente com toda a força.»
Depois do discurso sobre o estado da União, o presidente Johnson promoveu a Guerra à Pobreza através de um roteiro de iniciativas de relações públicas. Em abril de 1964, Johnson visitou o mineiro do carvão Tom Fletcher, a sua mulher e os oito filhos, que viviam nos Apalaches.
Os Fletcher tinham sido escolhidos pela Casa Branca como a face dos trabalhadores esforçados que viviam na pobreza. Johnson terá dito a um repórter: «Não sei se conseguirei aprovar uma única lei ou se terei um único dólar aprovado, mas antes de tudo, nenhuma comunidade americana jamais ignorará a pobreza no seu interior.»
De facto, a icónica fotografia de Walter Bennet na revista Time, capturando a conversa com os Fletcher no seu alpendre, conseguiu mesmo isso.
Que lições extrair do programa de guerra à pobreza despoletado pelo presidente Johnson?
Como projetar no futuro o combate à pobreza, nas suas várias dimensões?
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