Trinta e cinco anos após o fim da Guerra Fria, o mundo volta a viver um período conturbado. A tensão entre as três maiores potencias mundiais (Rússia, China e EUA) obriga a Europa a investir mais na defesa. E Portugal não é exceção.
«O mundo no pós-guerra fria de paz e trocas comerciais livres acabou», diz Henrique Burnay, consultor em assuntos europeus, sublinhando que a comunidade europeia precisa de desenhar um plano para esta nova realidade.
«A Europa tem de perceber que vai ter maior responsabilidade na sua segurança e defesa e que talvez seja preciso abranger outros países por razões de segurança», argumenta. E defende também que «mais do que fundos, a União Europeia tem de definir caminhos e metas para que a economia resista a esta tensão».
Portugal também precisa de se afirmar neste contexto de turbulência geopolítica fazendo valer, por exemplo, a tecnologia que por cá existe. Em cinquenta anos de democracia e mais de 35 na União Europeia, o país deve repensar o papel que ocupa dentro da comunidade.
Que influência temos lá fora? O que queremos da Europa? Quais são os nossos interesses na União Europeia?
Neste último debate da série «Cinco Décadas de Democracia: o que mudou?», organizada em parceria com a SIC e com o Expresso, participam as professoras Joana Silva e Ana Santos Pinto, o advogado Adolfo Mesquita Nunes e o consultor Henrique Burnay.