Barómetro da Política Europeia
NÓS E A UNIÃO EUROPEIA
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O Barómetro da Política Europeia ouviu 1107 pessoas – uma amostra representativa da população portuguesa – para aferir o que sabemos e o que sentimos em relação à União Europeia.
Veja os resultados e diga-nos também o que pensa.
O QUE SABEMOS SOBRE A UE?
Gostaria de testar os seus conhecimentos respondendo a três perguntas?
os resultados
Porém, menos de metade conseguiu indicar o nome de um eurodeputado português ou da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
QUE IMAGEM TEMOS DA UE?
Qual é a sua opinião?
Os inquiridos no Barómetro têm uma imagem francamente positiva da UE. Este resultado coincide com a boa imagem que a sociedade portuguesa sempre teve da UE, exceto durante a crise económica de 2011/2014, segundo o Eurobarómetro.
Os inquiridos também acham que Portugal beneficiou da adesão à União Europeia.
E também entendem que foi bom aderir ao euro.
Além disso, os inquiridos têm uma melhor imagem das instituições europeias do que das portuguesas. Por exemplo, confiam mais na Comissão Europeia do que no Governo português.
E mais no Parlamento Europeu do que na Assembleia da República.
Quatro em cada cinco inquiridos no Barómetro acreditam que o voto nas eleições para o Parlamento Europeu lhes dá uma palavra sobre as decisões europeias.
Mas é bem menor a proporção dos que entendem que os eurodeputados representam bem os interesses de Portugal.
As opiniões positivas sobre as instituições europeias são mais comuns entre as mulheres, os inquiridos com 55 ou mais anos e aqueles com formação superior.
Mas isso não é tudo. Há um elevado grau de insatisfação quanto à forma como a UE tem respondido a vários desafios da atualidade, em particular a estes.
Será que essa insatisfação lança dúvidas sobre a pertença à UE? Qual é a sua opinião?
Como votaria num referendo à permanência de Portugal na UE?
O Barómetro sugere que um referendo hoje teria um resultado inequívoco.
Sem surpresa, há uma relação entre os 85% que votariam a favor da permanência de Portugal e os que sentem como positiva a adesão do país à UE e ao euro.
E A UE DEVERIA ALARGAR-SE A MAIS PAÍSES?
Esta pergunta divide mais as opiniões. O “sim” a um alargamento da UE representa a maior fatia das respostas. Mas não a maioria. Uma percentagem significativa dos inquiridos disse “não”.
Para os que apoiam um alargamento da UE e indicaram um potencial novo estado-membro europeu, há uma escolha clara: a Ucrânia.
E será que a UE deveria ter o direito de expulsar estados-membros que desrespeitam os princípios democráticos? A esmagadora maioria diz que sim.
Embora metade dos inquiridos não considere que haja um estado-membro da UE que desrespeite os princípios democráticos, para os restantes, há um país que se destaca: a Hungria.
QUEM TEM MAIS PODER NAS DECISÕES DA UE?
Há grandes disparidades entre o que as pessoas consideram ideal e o que acham que acontece na realidade.
Nove em dez inquiridos (90%) pensam que os cidadãos europeus deveriam ter alguma ou muita influência sobre as políticas europeias.
Mas só 35% acreditam que os cidadãos têm de facto esse nível de influência.
A influência real dos governos também é menor do que aquela que deveriam ter, segundo a perceção dos inquiridos.
E o mesmo acontece em relação aos eurodeputados.
Já as grandes empresas são vistas, neste Barómetro, como tendo mais influência do que deveriam.
E também os altos quadros da UE.
E que país tem mais poder sobre as decisões europeias?
Três em cada quatro pessoas apontam a Alemanha como o país com maior poder de influência nas decisões da União Europeia.
1107 pessoas ouvidas
Principais mensagens
A sociedade portuguesa detém um conhecimento razoável sobre a UE, sobretudo a população mais escolarizada.
Os cidadãos têm uma imagem positiva da UE e confiam mais nas instituições europeias do que nas nacionais. Os que têm atitudes populistas são mais pessimistas.
A representação política na UE também projeta uma imagem positiva: votar nas Europeias, segundo os resultados do Barómetro, dá voz aos cidadãos.
Mas o poder que os cidadãos sentem ter sobre os destinos da UE é muito menor do que aquele que acham que deveriam ter.
Além disso, a maioria está insatisfeita com a forma como a UE tem respondido a vários desafios, como a pobreza, a imigração e o desemprego.
Se houvesse um referendo hoje sobre a permanência de Portugal na UE, cerca de 85% dos inquiridos votariam para que o país ficasse.