Três anos após a aprovação dos seus estatutos, em assembleia geral de escritores (março de 1970), nasce a Associação Portuguesa de Escritores, herdeira da Sociedade Portuguesa de Escritores, dissolvida por um despacho do ministro da Educação, em maio de 1965. A sede foi vandalizada e a instituição extinta na sequência da atribuição do Prémio Camilo Castelo Branco a Luandino Vieira, detido no campo do Tarrafal, Cabo Verde. O resultado foi a relutância das autoridades em autorizar uma nova associação representativa dos escritores portugueses. A 28 de setembro de 1972, o ministro da Educação, José Veiga Simão, homologou a criação do novo organismo associativo representativo dos escritores portugueses. A 13 de abril de 1973, no 13.º cartório notarial, em Lisboa, era lavrada a escritura da constituição da Associação Portuguesa de Escritores, subscrita por 16 elementos da comissão promotora. No dia 6 de junho de 1973, na Casa da Imprensa, os escritores elegerão os primeiros corpos gerentes da APE, ficando a presidir à assembleia geral, à direção e ao conselho fiscal, respetivamente, os escritores Sophia de Mello Breyner Andresen, José Gomes Ferreira e Faure da Rosa, que tomam posse a 14 de junho de 1973.