Cronologias

Na Guiné, o PAIGC abate o primeiro Fiat da Força Aérea Portuguesa. O PAIGC recebera mísseis soviéticos terra-ar SAM e Strella, pondo em causa a superioridade da aviação portuguesa. Em Moçambique, os independentistas passam a usar rockets soviéticos de 122 mm e morteiros de 82 mm. O abate de aviões e o fim da superioridade aérea colocam graves problemas ao abastecimento e à evacuação de unidades portuguesas em teatro de guerra.

O Decreto-Lei n.º 133/73 define o estatuto legal dos parques industriais, criando a Empresa Pública de Parques Industriais. A entrada em vigor deste diploma vem dar execução a um dos instrumentos da política industrial renovada com a Lei do Fomento Industrial (Lei n.º 3/72).

Os últimos soldados norte-americanos abandonam o Vietname.

O Decreto-Lei n.º 138/73 fixa os direitos de importação sobre produtos abrangidos pelo acordo entre Portugal e os Estados-membros da CECA.

O Decreto-Lei n.º 142/73 aprova o Estatuto das Pensões de Sobrevivência.

A Conferência Episcopal de Moçambique dirige um protesto ao governador-geral da colónia contra os massacres de populações civis na província de Tete. Pimentel dos Santos responde prometendo um inquérito. Este seria arquivado em maio de 1973. Alegava-se que o comportamento das tropas portuguesas na «operação Marosca» fora «absolutamente normal, pois tudo indica que da população em fuga faziam parte guerrilheiros, não havendo possibilidade de nestas condições distinguir uns dos outros». Segundo as mesmas conclusões apenas tinham sido «abatidos 63 elementos».

A Assembleia Nacional recomenda a constituição de uma comissão para informar a opinião pública dos riscos do uso de drogas.

As empresas Amoníaco Português e SACOR assinam um protocolo de intenções com vista a ampliar a indústria petroquímica de aromáticos. Previa-se que a produção de anilina fosse desenvolvida em Estarreja e a extração de aromáticos instalada em Matosinhos pela SACOR. A fábrica de Estarreja será inaugurada em 1978.

O magistrado Mário Bento Martins Soares substitui o coronel Armando Páscoa como presidente da Comissão Central de Exame Prévio, antiga Comissão de Censura. Não haverá, contudo, mudanças substanciais no funcionamento deste órgão.