Criação da Associação para o Planeamento da Família, com o objectivo de «cooperar com as famílias portuguesas, principalmente as de menores recursos materiais, a planear uma natalidade responsável», lutando pela difusão de métodos contraceptivos eficazes e contra o aborto clandestino. Recorde-se que a pílula anticoncepcional, autorizada pela FDA norte-americana, mantinha-se inacessível à generalidade das mulheres portuguesas. Comercializada em Portugal desde 1962, oficialmente era apenas receitada para fins terapêuticos. No entanto, as poucas mulheres que tinham acesso a consultas de ginecologia privadas podiam obter receitas médicas para a pílula. Em França, a informação e a venda pública de contraceptivos é legalizada neste mesmo ano de 1967.