A fim de impedir que alguns habitantes chineses da ilha da Taipa construíssem uma escola sem licença das autoridades, o Governo de Macau ordena a intervenção da polícia, que prende os responsáveis e agride os operários da construção civil, o que provoca a indignação da população chinesa. Tem início uma sucessão de conflitos políticos com grupos pró-maoistas. A 3 de dezembro, avolumar-se-iam os incidentes entre os residentes chineses e as autoridades portuguesas, num conflito que ficará conhecido como «Motim de 1, 2, 3», numa referência à data, dezembro (12), dia 3. Na sequência do protesto de professores e alunos chineses de Macau, junto do Palácio do Governo, é imposta a lei marcial. Uma nova intervenção da polícia resulta em 11 mortos e cerca de 200 feridos, prendendo-se 62 pessoas. A comunidade chinesa boicota o pagamento de impostos e a venda de produtos aos portugueses. O Governo português é obrigado a ceder e o governador de Macau apresenta desculpas formais à comunidade chinesa a 29 de janeiro de 1967.