Outubro
1966
Na Guiné, os comandos portugueses assinalam a presença de militares cubanos e de material proveniente de Cuba. Desde junho que os soldados portugueses observam uma melhoria no material pesado das forças do PAIGC (canhões sem recuo e morteiros de 120 mm). No início da luta armada (1963 e 1964), o armamento inimigo caracteriza-se por armas gentílicas (isto é, de produção local), caçadeiras, pistolas, espingardas, granadas de mão e alguns engenhos explosivos. Numa segunda fase (desde 1964 até 1966), surgem armas pesadas, morteiros de 82 mm, metralhadoras pesadas e uso generalizado de engenhos explosivos. Desde 1963, ano em que as atividades do PAIGC atingem expressão significativa, o movimento conta com o apoio de países como a Checoslováquia, a China e o Gana, armas de origem soviética, instrução de guerra subversiva em Marrocos, no Mali e na Guiné-Conacri, onde a instrução era ministrada por argelinos que para o efeito ali se encontravam radicados.