Cronologias

Por iniciativa dos padres Felicidade Alves e Abílio Cardoso e do militante católico Nuno Teotónio Pereira, começam a ser publicados os Cadernos GEDOC. Neles serão abordados temas normalmente censurados, como a crise do clero, a ligação entre a Igreja portuguesa e o Estado Novo, a Guerra Colonial, a objecção de consciência e o movimento operário. Os três responsáveis editoriais por esta publicação serão presos pela PIDE em 1970.

Estreia do cantor brasileiro Edu Lobo e do grupo musical Os Mutantes, no Teatro Villaret, em Lisboa.

É publicado o Decreto-Lei n.º 48 861, que amnistia os indivíduos que até 31 de dezembro de 1968 tenham faltado à junta de recrutamento, à incorporação ou tenham deixado de praticar quaisquer dos atos que condicionam o alistamento caso se apresentem para cumprir o serviço militar.

O presidente do Conselho Marcelo Caetano dirige-se ao país pela rádio e RTP, numa segunda «Conversa em Família», tecendo considerações sobre a «política de reformas necessárias» e afirmando: «Não podemos correr o risco de um abalo social que nos lance na guerra civil.»

É publicado o Despacho Ministerial n.º DD272, que define a atuação do Governo, pelos Ministérios das Finanças e da Economia, na conjuntura de crise que a indústria têxtil algodoeira então atravessava. A indústria têxtil algodoeira constituía o mais importante ramo da atividade industrial e os seus produtos formavam o agrupamento de maior valor da balança comercial com o estrangeiro.

A Front de Libération du Québec, grupo paramilitar nacionalista de inspiração marxista-leninista, executa um ataque terrorista contra a Bolsa de Valores de Monreal, no Canadá.

Início de uma campanha nacional das brigadas da Inspecção-Geral das atividades Económicas contra a «alta de preços».

É inaugurado o SAT-1, cabo telefónico submarino que liga Portugal e a África do Sul.

Récita da ópera Werther, de Jules Massenet, no TNSC, com Suzanne Sarroca, Florence Raynal e André Turp.