Cronologias

Primeiras reações de descontentamento dos oficiais do quadro permanente provenientes da Academia Militar, face às disposições do Decreto-Lei n.º 353/73. Dizem-se ultrapassados por oficiais milicianos, os quais, por sua vez, se dizem vítimas dos oficiais oriundos da Academia Militar, nomeadamente nos documentos «Estagnação ou progresso?» e «Dos espúrios aos puros».

Kaúlza de Arriaga regressa a Lisboa, vindo de Moçambique.

Membros da organização terrorista «setembro Negro» abrem fogo no aeroporto de Atenas, provocando 3 mortos e 55 feridos.

António de Spínola regressa a Lisboa, vindo da Guiné.

Portugal é novamente condenado na Comissão de Descolonização da ONU devido à sua política colonial em África.

Entra no Tejo o navio-tanque Fogo, transportando o primeiro petróleo bruto proveniente de Angola para abastecimento da metrópole. No cais de Cabo Ruivo, o secretário de Estado do Fomento Ultramarino discorre sobre o tema.

O Decreto-Lei n.º 403/73 reorganiza o Conselho Superior de Economia.

O Decreto-Lei n.º 402/73 cria novas universidades, institutos politécnicos e escolas normais superiores, definindo o regime das comissões instaladoras e providenciando o recrutamento e formação do pessoal necessário. São criadas as Universidades Nova de Lisboa, de Aveiro e do Minho e o Instituto Universitário de Évora, bem como os Institutos Politécnicos de Coimbra, Lisboa, Porto e Santarém, por reconversão e fusão dos institutos industriais e comerciais e escolas de regentes agrícolas existentes nessas cidades. Foram ainda criadas as Escolas Normais Superiores de Beja, Bragança, Castelo Branco, Funchal, Guarda, Lisboa, Ponta Delgada, Portalegre e Viseu.

Criação do Instituto Universitário de Évora (Decreto-Lei 402/73). O primeiro reitor, Ário Lobo de Azevedo, tomará posse em janeiro de 1974, na presença de José Veiga Simão, ministro da Educação Nacional. Projectava-se a criação de dois Centros de Estudos: Estudos Árabes e Técnicas Culturais.