Os portugueses sentem-se mais europeus
Há novos indicadores no POP, o Portal de Opinião Pública da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A maior parte dos novos indicadores está relacionada com a opinião dos portugueses e dos restantes europeus em relação à União Europeia, à moeda única e às instituições europeias.
Sabia que a percentagem de portugueses que apoiam a pertença de Portugal à moeda única aumentou ao longo dos meses mais recentes? Depois de o máximo ter sido atingido em 2003 (75% dos portugueses favoráveis ao Euro), houve uma queda até 49% em 2011. Daí até 2013, os valores oscilaram, mas nos últimos quatro anos a subida foi constante. O Eurobarómetro mais recente, de Maio de 2017, indica que 74% dos portugueses são a favor da moeda única.
À pergunta «Os interesses do seu país são levados em conta pela União Europeia?», apenas 27% dos portugueses respondeu «sim» em Novembro de 2011, o valor mais baixo registado desde 2005. Em Maio de 2017, e depois de um aumento que começou em 2013, 49% dos portugueses disseram «sim». É a percentagem mais alta desde que temos registo.
A unificação europeia deveria aumentar ou já foi longe demais? Numa escala de 1 a 10, os portugueses respondem em média 5,4, um valor que indica predisposição a que a unificação se aprofunde. Em Dezembro de 2012, o valor médio foi inferior: 4,6.
Os portugueses sentem-se ligados à Europa? Neste indicador, os resultados têm oscilado pouco ao longo dos anos. Entre 1 (nada ligado) e 4 (muito ligado), a média das respostas dos portugueses foi 2,5. Semelhantes são os resultados no indicador sobre a ligação dos portugueses à União Europeia. Paralelamente, a ligação dos portugueses a Portugal estabilizou em 3,5 (de 1 a 4), mas já foi superior: 3,7 em 2002, 2004 e 2006.
Há ainda outros três novos indicadores no POP: dois deles são o modo como os portugueses avaliam o estado do seu sistema educativo e o do seu sistema de saúde. O terceiro é uma quantificação da sua ligação à cidade.
O acordo ortográfico utilizado neste artigo foi definido pelo autor.
