Religião

Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, é eleito Papa, adoptando o nome de Francisco.

O Papa Bento XVI anuncia a sua resignação, que se tornará efectiva a 28 de fevereiro.

A divulgação no YouTube do filme Innocence of Muslims, uma produção de baixíssimo custo e qualidade, desencadeia uma série de protestos e ataques violentos a representações diplomáticas de países ocidentais. O filme, realizado nos EUA, foi considerado blasfemo por muitos muçulmanos, por ridicularizar o profeta Maomé, atribuindo-lhe uma sexualidade omnívora e atitudes violentas. As reações adversas começaram no Cairo, Egipto, e espalharam-se pelo mundo. O caso mais grave foi o ataque ao consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia, que acabou por vitimar o embaixador J. Christopher Stevens e três outros cidadãos americanos. Este episódio levantou novamente a discussão em torno dos limites entre a liberdade de expressão e a religião islâmica.

No Vaticano, realiza-se a cerimónia de beatificação do papa João Paulo II.

Entra em vigor em França a chamada lei do «véu islâmico», publicada a 11 de outubro de 2010. O uso do véu islâmico integral (niqab ou burca) passa a ser proibido no espaço público e a ser punido com multas até 150 euros e eventuais detenções. Legislação semelhante será adotada na Bélgica (2011) e na Holanda (2015).

O Papa Bento XVI beatifica 498 espanhóis vítimas de perseguição religiosa antes e durante a Guerra Civil espanhola. A beatificação suscitou polémica uma vez que alguns dos martirizados apoiaram ativamente a sublevação militar contra a república.

Publicação de Deus Caritas Est, a primeira encíclica do Papa Bento XVI.

O pânico instala-se entre a multidão durante a peregrinação a Meca, causando a morte de 362 pessoas.

O Papa João Paulo II (1920-2005) morre em Roma. A 19 de abril, o cardeal alemão Joseph Ratzinger é eleito como novo Papa, adoptando o nome de Bento XVI.

É aprovada em França a lei que interdita o uso de símbolos religiosos «manifestamente ostensivos» nas escolas públicas. O diploma será publicado a 15 de março. Entre os símbolos vedados estão «o véu islâmico, qualquer que seja a designação dada, a kippa ou uma cruz de um tamanho manifestamente excessivo». O diploma pretende reforçar a neutralidade religiosa do Estado e a laicidade, tendo sido objeto de contestação.