Relações Internacionais

Ataque terrorista em Espanha. Várias bombas rebentam em quatro comboios suburbanos de Madrid e na estação de caminho-de-ferro de Atocha, provocando 191 mortos e mais de 1700 feridos. Os atentados são reivindicados pela Al-Qaeda.

Explosões nos santuários xiitas de Kerbala e Bagdade matam 181 pessoas.

A União Europeia inclui o Hamas na lista das organizações terroristas. No mesmo dia, primeiro-ministro palestiniano, Mahmoud Abbas, demite-se.

A NATO assume o comando das forças de paz no Afeganistão, a sua primeira grande operação militar fora da Europa ou da América do Norte em 54 anos de existência. As operações estiveram longe de se saldar em êxito.

Na Arábia Saudita, terroristas atacam condomínios habitados por ocidentais e matam 36 pessoas. A 16 de maio, 33 civis são mortos e mais de 100 são feridos num ataque terrorista em Casablanca, Marrocos.

Os EUA e os seus aliados iniciam a invasão do Iraque, bombardeando alvos iraquianos com recurso à aviação e ao lançamento de mísseis, de modo a preparar a invasão terrestre a partir do Kuwait. A 9 de abril, as tropas norte-americanas conquistam a capital do Iraque, Bagdade, e derrubam o regime de 24 anos de Saddam Hussein. A 30 de abril, termina a fase de invasão militar do Iraque. Apesar do derrube do regime totalitário, a invasão será apenas o ponto de partida da Guerra do Iraque, um conflito que se prolongará até dezembro de 2011. A instalação de um regime democrático no Iraque e a reconstrução das instituições do país revelar-se-ão um falhanço completo.

O Paquistão anuncia a detenção de Khalid Sheik Mohammed, considerado o «cérebro» dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Mais de dez milhões de pessoas manifestam-se em todo o mundo contra uma intervenção militar no Iraque.

Na ONU, o general Colin Powell apresenta o que diz serem provas da existência de armas de destruição maciça no Iraque.

A Coreia do Norte abandona o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.