Relações Internacionais

Duas refinarias de petróleo da Saudi Aramco, em Abqaiq e Khurais, na Arábia Saudita, são atacadas por drones que provocaram incêndios. Os ataques são reivindicados por militantes houthi, que afirmam ter recorrido a dez drones para realizarem os ataques. As exportações de petróleo da Aramco diminuem em cinco milhões de barris diários, ou seja, quase metade do total das exportações petrolíferas da Arábia Saudita.

Os EUA retiram-se oficialmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio que fora estabelecido com a Rússia em 1987.

A marinha iraniana dos Guardas Revolucionários Islâmicos captura o petroleiro britânico Stena Impero e apodera-se temporariamente do petroleiro britânico Mesdar com bandeia da Libéria, ambos no Golfo Pérsico. O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, chama à atenção para as “graves consequências” que podem advir se o Irão não libertar o petroleiro britânico, algo que só ocorre passados 66 dias, a 23 de setembro.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirma que o Irão ultrapassou o limite imposto às suas reservas de urânio enriquecido.

Um triplo suicídio com explosivos mata 30 pessoas e fere mais de 40 em Borno, na Nigéria, num salão onde as pessoas se encontravam a assistir a um jogo de futebol.

Massacre de mais de 100 pessoas em Cartum, quando tropas sudanesas e milícias Janjaweed irrompem e disparam sobre um acampamento de protesto no exterior do quartel-general nesta cidade, capital do Sudão. No seguimento deste massacre, a União Africana suspende, a 6 de junho, o Sudão desta organização internacional, «com efeitos imediatos».

Incidente no Golfo de Omã que envolve quatro navios comerciais, incluindo dois navios petrolíferos da Saudi Aramco. Ficam todos danificados junto a Fujairah, no Médio Oriente. Os Emirados Árabes Unidos advogam tratar-se de um «ataque de sabotagem», enquanto uma avaliação preliminar dos EUA culpa o Irão pelo sucedido. O incidente ocorre após as tensões crescentes entre os EUA e o Irão provocarem o deslocamento de forças militares norte-americanas para o Golfo Pérsico, em resposta a uma alegada conspiração do Irão para atacar forças dos EUA. A 13 de junho, dá-se um outro incidente no Golfo de Omã. Dois petroleiros são atacados perto do Estreito de Ormuz ao cruzarem estes mares quando a tensão entre o Irão e os EUA sobe de tom, com estes últimos a culparem o primeiro pelo incidente. A 18 de junho, os EUA enviam mais 1 000 tropas para o Médio Oriente, perante o crescendo de tensões com o Irão. A 20 de junho, o Irão abate um drone de vigilância americano sobre o Estreito de Ormuz (o RQ-4 Global Hawk), reclamando que este estava a violar o espaço aéreo iraniano. Os EUA afirmam que o mesmo foi abatido no espaço aéreo internacional, num «ataque não provocado».

Confrontos militares entre forças israelitas e o Hamas, em Gaza, no decurso do qual os ataques aéreos israelitas matam mais de 20 palestinianos, incluindo uma grávida e um bebé, no seguimento dos ferimentos sofridos por dois soldados atingidos por um atirador de Gaza.

Tem lugar uma série de ataques à bomba em oito localidades do Sri Lanka, incluindo em três igrejas, quatro hotéis e um complexo habitacional em Colombo, no Domingo de Páscoa. Destes resultaram 259 mortos e mais de 500 feridos. Foi o primeiro ataque terrorista de monta no país desde o fim da guerra civil do Sri Lanka, em 2009.

O australiano Julian Assange, cofundador do Wikileaks e refugiado há sete anos da embaixada do Equador em Londres, é preso pela polícia britânica. A 13 de maio os magistrados suecos reabrem o processo de investigação de uma alegada violação da justiça por parte deste fugitivo, com a intenção de procurar a sua extradição do Reino Unido, após este cumprir a sua sentença de 50 semanas de prisão por não ter respeitado a caução a que estava sujeito.