Será a justiça a mais virtuoso dos valores políticos? João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam à lupa várias conceções de justiça, defendidas por diferentes autores, e refletem sobre o papel da política na construção de uma sociedade justa.
A justiça é um produto do poder soberano, como defendeu Thomas Hobbes, ou um princípio anterior ao Estado, como acreditava John Locke? Platão, que dedicou ao tema «A República», considerava a democracia um sistema político injusto, à luz da sua teoria da alma.
A propósito da eterna tensão entre liberdade e igualdade, a dupla chega até ao séc. XX e à proposta de 'justiça como equidade', de John Rawls.
Debate-se ainda a meritocracia, pela lente de Michael Sandel, bem como o papel da sorte e das contingências da vida no valor da conduta humana, de acordo com Martha Nussbaum.
Para terminar, uma pergunta: será que deixamos um mundo justo às gerações futuras?
Um episódio [IN]Pertinente, a não perder.
BIGGAR, Nigel, «Reparations: Slavery and the Tyranny of Imaginary Guilt» (Forum)
HOBBES, «Leviatã» (BookBuilders)
LOCKE, «Dois Tratados do Governo Civil» (Ed. 70)
NOZICK, Robert, «Anarquia, Estado e Utopia» (Ed. 70)
NUSSBAUM, Martha, «The Fragility of Goodness: Luck And Ethics In Greek Tragedy And Philosophy» (C.U.P.)
PLATÃO, «A República» (Gulbenkian)
RAWLS, John, «Uma Teoria da Justiça» (Presença)
SANDEL, Michael, «Justiça - Fazemos o que Devemos?» (Presença)
SANDEL, Michael, «A Tirania do Mérito» (Presença)
SEN, Amartya, «A Ideia de Justiça» (Almedina)
WHITE, Jonathan, «In the Long Run: The Future as a Political Idea» (Profile)
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