É constituída a empresa Auto-Estradas do Atlântico, Concessões Rodoviárias de Portugal, SA, em ato solene de assinatura do seu contrato de concessão, com uma duração de 30 anos. Este consórcio privado é liderado pela Somague, BPI e Edifer. Esta foi a primeira concessão de auto-estradas a ser outorgada a entidades privadas no pós-25 de abril. O contrato tinha por objeto a exploração e manutenção dos 85 quilómetros da A8 Sul (CRIL/Odivelas – Caldas da Rainha) e a concepção, construção e financiamento de novos troços, numa extensão total de 85 quilómetros de auto-estradas, divididos entre a A8 Norte (Caldas da Rainha–Leiria) e a A15 (Caldas da Rainha–Santarém). O primeiro-ministro António Guterres defende esta parceria público-privado como a «única forma de assegurar ao país a realização de verdadeiros objectivos nacionais». Em 2010, o Instituto Nacional das Infraestruturas Rodoviárias divulgará que 40% das autoestradas portuguesas tinham um tráfego médio diário abaixo dos 10 000 veículos, o limiar técnico utilizado para justificar a construção deste tipo de infraestruturas. A situação era praticamente a mesma já em 2008, registando-se, entre outros troços, na referida A15 (Caldas da Rainha–Santarém).