Economia

O mal-estar com a gestão do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCV) por parte de Francisco George gera prejuízos que levam a Parpública, detentora dos 45% do Estado português, a procurar alienar esta participação, encetando conversações com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). O negócio acaba por se efectivar a 14 de dezembro, ficando a SCML com 54,97% do capital social da Sociedade Gestora do HCV.

O primeiro-ministro António Costa afirma perante o parlamento que os custos económicos e sociais da COVID-19 «são absolutamente brutais», sendo que todos os indicadores apontam para uma queda recorde do produto interno bruto (PIB) e para uma subida exponencial do desemprego. Os números e as estimativas sobre a queda económica surgem quase diariamente, incluindo o PIB, a dívida pública ou a ascensão do défice. São também de incluir números referentes à queda de áreas da produção, das vendas, da hotelaria e da restauração. No geral, o cenário é bastante negativo.

Até ao final de maio, o défice orçamental português dispara para 3203 milhões de euros, estando agora previsto um défice de 6,3% do PIB, em vez do excedente inicial de 0,2%.

A produção de automóveis em Portugal sofre uma quebra de 50,6% em maio, quando comparada com 2019.

Já se encontram canceladas 80% das reservas em alojamentos locais agendadas de março a agosto em Portugal, e o tráfego aéreo sofre uma quebra de 94%.

Morre Stanley Ho (1921–2020), dono de um império económico em Macau, Hong Kong e Portugal, onde era uma figura dominante dos casinos ao armamento. Eram vastos e diversos os seus investimentos em Portugal.

O primeiro-ministro António Costa convida António Costa Sila, gestor da petrolífera Partex, para negociar com os ministros do executivo as formas de salvar a economia, afetada pelas consequências da pandemia.

O gestor português (CEO) do HSBC em Londres, António Simões, sai desta instituição bancária, onde está há 13 anos, para assumir a direção regional do banco espanhol Santander na Europa, funções que inicia a 1 de setembro.

Gera-se uma minicrise política pelo facto de o ministro das Finanças, Mário Centeno, referir ter havido «falta de comunicação» com o primeiro-ministro António Costa quanto à transferência de 850 milhões de euros do Estado para o Novo Banco, no contexto previsto da sua capitalização devida pelo Fundo de Resolução.

O Tribunal Constitucional alemão vota a favor de um ultimato ao Banco Central Europeu (BCE) para que esta instituição justifique a necessidade da proporcionalidade do programa de compra de dívida pública no mercado secundário, iniciado em 2015 por Mário Draghi, sobrepondo-se assim ao Tribunal de Justiça da União Europeia e questionando a independência do BCE. A decisão causa um manifesto mal-estar no governo português e uma subida generalizada das taxas de juro.