Economia

Mário Centeno, agora na qualidade de governador do Banco de Portugal (BdP), afirma que vai divulgar o «Relatório Costa Pinto» sobre a atuação desta instituição no caso Banco Espírito Santo (BES), o qual nunca fora entregue pelo ex-governador Carlos Costa. Em outubro, o BdP envia o referido relatório para o Tribunal da Relação. Todavia, este só veio a ser divulgado em abril de 2021.

A empresa de construção Mota-Engil informa que vai alienar 30 % do seu capital à gigante chinesa, China Communications Construction Company (CCCC), pressupondo uma valorização final de 700 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprova a criação do Banco Português de Fomento, com um capital social de 225 milhões de euros. No dia 7 de setembro publica-se em Diário da República o Decreto-Lei n.º 63/2020, que regula a sua atividade e o seu funcionamento, aprovando os respetivos estatutos. A instituição começará a funcionar antes do final do ano, tal como anunciado pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) informa que, em virtude da pandemia, o PIB português caiu quatro vezes mais do que por ação da troika, perfazendo ?16,5 %.

O ex-ministro das Finanças do XXI e XXII governos constitucionais Mário Centeno assume o cargo de governador do Banco de Portugal. Tem um mestrado e um doutoramento pela Universidade de Harvard, nos EUA, e é professor da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa.

O ministro das Finanças, João Leão, informa na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças que em 2020 o défice das contas públicas atingirá os 7% do PIB, mercê de um agravamento de 1400 milhões de euros das despesas.

As mais recentes investigações no âmbito do caso BES/GES apontam para que as burlas de Ricardo Salgado tenham custado 3,5 mil milhões de euros ao BES, num total de 65 crimes de associação criminosa, corrupção ativa, burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Miguel Stilwell de Andrade passa a ser o novo presidente executivo interino (CEO) da EDP, em substituição de António Mexia, o qual é forçado a abandonar a liderança da eléctrica nacional. Do mesmo modo, substituindo Manso Neto, Rui Teixeira é o novo líder das Renováveis, detidas em 83 % por aquela empresa-mãe. Estas alterações decorrem das medidas de coação decretadas pelo juiz Carlos Alexandre. Ao mesmo tempo, a EDP regista o seu maior lucro e encaixe de sempre: 3,5 mil milhões de euros.

O Conselho de Ministros aprova em decreto-lei a nacionalização de 71,73 % do capital da Efacec, uma participação detida por uma empresa indirectamente controlada pela empresária angolana Isabel dos Santos, tendo sido decretado o arresto da sua participação social. Consequentemente, está prevista a sua posterior reprivatização, para a qual já há interessados.

No Algarve, prevê-se uma acentuada queda da facturação gerada pelo turismo devido aos constrangimentos e às limitações de viagens em consequência da COVID-19.