Cronologias

A NATO inaugura em Mem Martins, nas proximidades de Sintra, as instalações provisórias de um quartel-general, sede do recém-criado Comando da Área Ibero-Atlântica (Iberian Atlantic Command, COMIBERLANT), posto a cargo de um contra-almirante norte-americano. Esta organização da NATO vigia toda a zona marítima atlântica, junto à costa portuguesa e parte do Noroeste africano, numa área de 600 000 milhas quadradas. Apesar do carácter ditatorial, da condenação e do relativo isolamento internacional do Estado Novo, Portugal mantém uma posição estratégica como membro ativo da NATO, no contexto da qual a base das Lajes, nos Açores, continua a ser uma peça importante.

Paralisação de 100 dos 200 operários da Fábrica Trefilaria, em Sacavém, contra a tentativa patronal de reduzir a semana de trabalho para cinco dias por falta de encomendas.

O Decreto-Lei n.º 47 560 estabelece as condições em que são concedidas isenções fiscais e outras facilidades aos particulares e aos proprietários de hotéis, pensões, hospedarias e estalagens que pretendam instalar hóspedes por ocasião das comemorações do cinquentenário das aparições de Fátima.

Récita da ópera Romeu e Julieta, de Charles Gounod, no TNSC, com Alain Vanzo e Suleika Saque.

O Governo holandês apoia a candidatura britânica à CEE.

Com o Decreto-Lei n.º 47 565, de 27 de fevereiro, é ativada a base militar de Beja, que veio a albergar, graças a um acordo bilateral entre Portugal e a RFA, várias unidades de instrução da Luftwaffe. A base aérea n.º 11 fora já criada pela Portaria n.º 20 856, de 21 de outubro de 1964. A RFA manteve durante parte da década de 60 relações muito próximas com o regime ditatorial português, prestando algum apoio diplomático e vendendo material militar.

O Decreto-Lei n.º 47 566 autoriza a emissão de um empréstimo interno, amortizável, denominado «Obrigações do Tesouro, 5 por cento, 1967 – Fomento económico», até à importância total nominal de 1 milhão de contos.

A polícia brasileira detém Franz Stangl, antigo comandante dos campos de Sobibor e Treblinka, onde foi co-responsável pela morte de mais de 1 milhão de pessoas. Foi entregue às autoridades da RFA e posteriormente condenado a prisão perpétua.

A Sociedade Hoteleira Torralta, Lda., criada a 6 de março de 1964 e dirigida pelos irmãos Agostinho da Silva e José da Silva, muda a sua denominação para Torralta – Club Internacional de Férias. Nos anos seguintes, esta empresa de desenvolvimento imobiliário e turístico foi capaz de angariar, pela venda de contratos de ocupação temporária, títulos de férias e títulos de ocupação, as poupanças de mais de 35 000 pequenos acionistas. Ajudará a lançar o turismo de massas no Algarve e promoverá o empreendimento de Tróia, cujas obras irão arrancar em 1970. Tornar-se-á em poucos anos a maior empresa turística do país, com mais de 5000 camas.