No seguimento da aprovação pelo Parlamento no dia anterior, incluindo o PSD e o CDS, da contabilização do tempo integral dos professores para efeitos da progressão na carreira, o primeiro-ministro António Costa fala ao país a partir do Palácio de São Bento, levantando o espectro de uma crise política e leva, consequentemente, a eleições antecipadas para julho, algo que não agrada aos partidos de direita, por colocar a hipótese de parte do seu eleitorado passar para o PS. O Presidente da República sente que a sua promulgação desta lei votada no Parlamento pode gerar uma crise política, dada a renitência do Governo em aumentar a despesa pública de forma permanente. O PS afirma que não haverá reestruturação da carreira docente, nem mesmo na próxima legislatura, pondo assim ponto final à questão política levantada pelo Parlamento, o que não deixará de influenciar as eleições europeias que se avizinham.