Cronologias

O Decreto-Lei n.º 44 217 cria uma organização de voluntários de carácter permanente em cada um dos territórios coloniais, com a missão de colaborar na defesa da integridade da soberania nacional.

Um golpe de Estado militar na Birmânia depõe o chefe de Governo U Nu, que é detido.

A Junta Provincial de Povoamento de Angola dá a conhecer o seu Plano de Povoamento daquela província, orçado em 444 000 contos.

No Porto, realiza-se uma manifestação comemorativa do Dia Internacional da Mulher. A repressão policial causa vários feridos.

Realiza-se em Coimbra, apesar de ter sido proibido (e de os autocarros que transportam os estudantes de Lisboa e Porto terem sido interceptados pelas autoridades), o I Encontro Nacional de Estudantes. Nele será criado o Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses e decidida a comemoração em Lisboa do Dia do Estudante entre 23 e 25 de março. Na sequência do encontro, o Governo ordena à reitoria um processo disciplinar contra os dirigentes da AAC e manda encerrar as suas instalações. A AAC responde decretando o «luto académico». Ocorrem alguns confrontos entre grupos minoritários de estudantes de extrema-direita e os colegas que contestam o regime.

Estreia no TNSC da ópera italiana Escola de Mulheres, de Virgilio Mortari, num libreto extraído da obra homónima de Molière.

São divulgadas na imprensa as tabelas dos artigos e serviços sujeitos ao imposto sobre consumos supérfluos ou de luxo.

A Rádio Portugal Livre, voz do PCP clandestino, começa a emitir em onda curta desde Bucareste. Manter-se-á em atividade até 1974.

O Teatro Moderno de Lisboa estreia a sua segunda peça, no Cinema Império, em Lisboa, Humilhados e Ofendidos, de André Charpak, baseado na obra de Dostoiévski e com encenação de Fernando Gusmão.