Começam a sentir-se fortemente os efeitos da greve de 800 motoristas das transportadoras de combustíveis, logrando interromper o abastecimento de combustível em todo o pais e atingindo de sobremaneira o combustível disponível para os aviões em operação nos principais aeroportos do país. A 15 de abril, o Governo emite uma requisição civil dos referidos camionistas, alegando que não estavam a ser cumpridos os serviços mínimos a que este tipo de paralisações estão obrigadas. Dia 17, o Governo consegue finalmente chegar a acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), levando ao cancelamento da greve. Em causa estavam os interesses destes profissionais, os quais passam a ser um dos exemplos dos movimentos inorgânicos que vão surgindo, escapando ao enquadramento das duas principais centrais sindicais, a UGT e a CGTP. A estrutura sindical fala de um salário base de €1200 mensais, que a associação patronal declara incomportável, prometendo voltar à greve em maio.