Cronologias

Na Galeria 111, primeira exposição individual do pintor Ruy Leitão. Álvaro Lapa expõe na Galeria Buchholz.

João José Cochofel publica Uma Rosa no Tempo (Lisboa: Iniciativas Editoriais), Natália Correia As Maçãs de Orestes (Lisboa: Publicações Dom Quixote), Alexandre Vieira Para a História do Sindicalismo em Portugal (Lisboa: Seara Nova), António Areal Textos de Crítica e de Combate na Vanguarda das Artes Visuais (Lisboa: A. Areal), Maria Isabel Barreno Os Outros Legítimos Superiores (Mem-Martins: Publicações Europa-América) e Raul de Carvalho Tudo É Visão (Lisboa: R. de Carvalho).

Na arquitectura, Cândido Palma de Melo projecta o Centro de Reabilitação da Paralisia Cerebral da Fundação Calouste Gulbenkian, no Lumiar, em Lisboa; no atelier Conceição Silva, Francisco da Conceição Silva e Tomás Taveira desenham o Edifício «Castil», em Lisboa (1970-1972).

O artista plástico e pintor Manuel Baptista vence a terceira edição do Grande Prémio Soquil. Entre 1968 e 1972, a AICA atribuiu os prémios Soquil de artes plásticas, através de um júri fixo constituído por José Augusto França, Rui Mário Gonçalves e Fernando Pernes.

A empresa Amoníaco Português é autorizada a lançar a ampliação das suas instalações em Estarreja, com vista a instalar uma unidade produtora de ácido nítrico, uma unidade de nitrato de amónio e uma unidade de adubos compostos com a capacidade de 16.000t/ano. A Amoníaco Português passa assim a poder produzir, vender e controlar uma gama muito mais diversificada de adubos. A nova unidade industrial (Estarreja III) entrou em funcionamento em setembro de 1974.

A SOCEL continua a plantação intensiva de eucaliptos, em grande escala, no Alto Alentejo, destinados à produção de pasta de papel. O enorme crescimento da indústria de celulose ao longo da década de 1960 e várias orientações oficiais, como o Despacho da Secretaria de Estado da Indústria de 12 de setembro de 1966, explicam esta mudança no ordenamento florestal e no aproveitamento do território. A primeira ação de florestação teve lugar em 1966, tendo-se estendido à serra de Ossa em 1968. Em 1970 já existiam 9300 hectares de eucaliptos em regime de monocultura, fazendo da SOCEL o maior produtor desta espécie. A CELBI também manifestara já a intenção de investir na produção florestal.

Tem início a exploração pelo Estado do aproveitamento hidroagrícola do Mira, no concelho de Aljezur, com uma área irrigável de 11.995 hectares. A exploração pela associação de regantes teve início neste mesmo ano.

São ampliadas as instalações da refinaria de Cabo Ruivo, em Lisboa, passando assim a uma produção de 2 milhões de toneladas/ano de destilação. Esta unidade fora inaugurada em 1940.

Portugal participa no Ano Europeu para a Conservação da Natureza, iniciativa do Conselho da Europa (organização internacional a que Portugal aderirá a 22 de setembro de 1976). As várias iniciativas incluem a apresentação à Assembleia Nacional de uma proposta de lei sobre a proteção da natureza e a criação oficial do primeiro parque nacional português, na Serra do Gerês. A 7 de janeiro, o Diário de Lisboa publica as conclusões apresentadas no I Simpósio sobre Poluição de Águas Interiores, organizado pela direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas. No total, estima-se que existam 528 quilómetros de cursos de água poluídos em Portugal.