Cronologias

É inaugurada, em Lisboa, a Galeria Quadrum, junto ao espaço dos cinquenta ateliers para artistas fornecidos pela Câmara Municipal de Lisboa e anexos ao Palácio dos Coruchéus, em Alvalade. Era dirigida pela pintora Dulce D'Agro. Inaugurou com uma exposição coletiva da colecção particular da própria.

Reunião do Movimento dos Capitães em S. Pedro do Estoril (a anterior decorrera em Aveiras de Cima). Coloca-se, pela primeira vez, a hipótese de um golpe de Estado, como alternativa às reclamações por via exclusivamente legal.

O ditador grego George Papadopoulos é deposto num golpe militar pelo brigadeiro-general Dimitrios Ioannidis.

O Decreto-Lei n.º 629/73 regula a possibilidade de recusar a matrícula ou inscrição de alunos nos estabelecimentos de educação dependentes do Ministério da Educação Nacional, tentando assim condicionar o acesso de alunos envolvidos no movimento estudantil e em grupos políticos das oposições.

6000 trabalhadores agrícolas dos concelhos de Alpiarça e Almeirim fazem greve, exigindo aumentos salariais.

Na cimeira árabe de Argel é decretado o embargo petrolífero a Portugal, Rodésia e África do Sul.

É atingido o número de 149 090 efetivos militares nos três teatros de operação da Guerra Colonial. O aumento contínuo deve-se ao reforço do recrutamento local para os três ramos das Forças Armadas. Se em 1961 o recrutamento local representava 14,9% dos efetivos em Angola, 21,1% na Guiné e 26,8% em Moçambique, em 1973, este atingirá 42,4% dos efetivos em Angola, 20,1% na Guiné e 53,6% em Moçambique.*

Reunião do Movimento dos Capitães em Óbidos. Ao mesmo tempo que é votada a hipótese de ação por meios legais, é reiterada a hipótese de um golpe de Estado, surgida na reunião de S. Pedro do Estoril, sendo escolhida a comissão coordenadora de 19 elementos para realizar contatos para a eventualidade de um golpe. A 8 de dezembro, em reunião na Costa de Caparica, é feita a escolha da direção executiva da comissão coordenadora do Movimento dos Capitães: Otelo Saraiva de Carvalho, Vítor Alves e Vasco Lourenço. São igualmente formadas outras comissões para preparar o movimento militar.

O semanário Expresso noticia que «o general António de Spínola conclui a última revisão do seu livro, que sairá em princípios de janeiro (...) e apresenta a sua proposta sobre Portugal e o futuro».