Cronologias

As Comissões de Trabalhadores Revolucionários, afetas às Brigadas Revolucionárias, divulgam, em Lisboa e Setúbal, a realização da vigília pela Paz na Capela do Rato, através de panfletos lançados por meio de petardos (dois destes petardos provocam acidentalmente ferimentos em duas crianças). A vígilia foi contudo iniciativa de um grupo de militantes católicos.*

As Brigadas Revolucionárias assaltam os Serviços Cartográficos do Exército e daí retiram cerca de 200 mapas dos territórios africanos. Segundo um comunicado da FPLN, estes foram entregues aos movimentos independentistas em Angola, Moçambique e Guiné.

Aparecimento dos Grupos de ação Comunista, de linha trotsquista, na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde publicam o periódico Toupeira Vermelha e, mais tarde, o Luta Proletária.

A Comissão Diocesana para a Paz apela à paz em África.

As comemorações oficiais do IV Centenário da Publicação de Os Lusíadas são usadas pelo Governo como instrumento de legitimação da sua política africana, através de exposições, juntas de investigação e comissões provinciais, nomeadamente em Moçambique.

Segundo os jornais, o conselho escolar da Faculdade de Medicina de Lisboa propõe-se encerrá-la no ano lectivo 1972/73 para estudar os graves problemas ocorridos naquele estabelecimento de ensino, cujas aulas estavam suspensas devido à invasão de uma aula ministrada pelo seu director.

Pela primeira vez em 23 anos, a Austrália elege um Governo trabalhista. Edward Gough Whitlam toma posse a 5 de dezembro e a sua primeira medida é retirar o contingente australiano da Guerra do Vietname.

O Decreto n.º 487/72 define as normas de estabelecimento de centrais nucleares para a produção de energia eléctrica.

Em Paris, Mário Soares divulga uma carta aberta ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, em resposta a uma entrevista que este dera ao jornal espanhol Nuevo Diário, a 30 de novembro.