A
A
lancar-um-livro

Lançar um livro

Luís Brito, autor de "Arigato, eu", estreia-se no blog da Fundação com um post acerca do lançamento do seu livro
2 min
O lançamento do livro é um desporto com cada vez mais popularidade. Em Lisboa, em Portugal, no Mundo, e eu também aderi à modalidade.

Há 3 anos, lancei o “Alcatrão”; um livro de viagens com a Abysmo. Ontem, e com grandes agradecimentos à Fundação, o “Arigato, eu”, sobre os emigrantes portugueses no Japão, viu a luz do dia. Uma luz belíssima, ainda por cima, no final de tarde da Feira do Livro, que estava como se quer: com gente e calor.

A grande viagem começa agora: depois de ver a plateia de caras familiares, escutar a oratória do apresentador, folhear e assinar os primeiros exemplares, agora sim, o livro nasce. Está na altura das pessoas o lerem e opinarem, porque só se escreve para ser lido.

Passei muito tempo na Feira do Livro, em criança. Filho de editor quer escrever, e o meu pai foi dono de uma barraca durante muitos anos, com as suas publicações, as suas letras e as suas matemáticas sempre complicadas. Lembro-me de me aborrecer, as crianças são assim mesmo, de me enjoar do cheiro a papel e me enfadar por não ter onde jogar futebol. E ontem, poucos anos depois, era eu o menos aborrecido de todos, o mais entusiasmado, o meu lugar ao sol, tão breve e tão belo.

Como tudo na vida, isto de haver cada vez mais autores tem um sabor agridoce. Talvez o nível literário esteja a descer, talvez ele esteja a subir. Qualquer dia há mais escritores do que leitores. Mas também é bom que as pessoas tenham opinião e a vontade de a fazer ver o mundo.  E é para isso que aqui está a Fundação.

Arigato, eu e boa sorte para todos, autores e leitores, uma e a mesma coisa.

Luís Brito é autor de Arigato, eu.

O acordo ortográfico utilizado neste artigo foi definido pelo autor

Portuguese, Portugal