Cronologias

Estreia de Arlecchino, l’amore e la fame, no Teatro Maria Matos, em Lisboa, pelo Piccolo Teatro di Milano, com o patrocínio da FCG.

A delegação de observadores da Internacional Socialista, que chegara a Portugal no dia 20 de outubro para acompanhar o processo eleitoral, é expulsa do país sob os protestos da oposição. Era chefiada por Hans Janitschek, secretário-geral da organização.

O Governo manda apreender 36 000 exemplares do Boletim n.º 2 da CEUD, no qual se publicavam os documentos programáticos apresentados no início da campanha. São igualmente apreendidos os livros publicados por vários candidatos da CEUD, nomeadamente Escritos Políticos, de Mário Soares; Diário Político, de Raul Rego; Justiça e Política, de Duarte Vidal e Francisco Salgado Zenha; e Falar Claro, de José Magalhães Godinho.

O Decreto n.º 49 317 permite às mulheres portuguesas transpor as fronteiras nacionais e viajar para o estrangeiro sem a autorização do marido. Permaneceriam outras formas de discriminação de sexo, como a figura jurídica do «chefe de família», o marido ser perante a lei o único administrador dos bens do casal ou o direito de abrir a correspondência da mulher.

Eleição dos deputados à Assembleia Nacional. A UN obtém 88% dos votos no plano nacional e a abstenção atingiu os 38,5%. Em Lisboa apenas tinham votado 48% do total de inscritos. Mesmo na capital, o partido do regime teve 75% dos votos, seguindo-se a CDE, com 18,5%, e a CEUD, com 5,2%. A oposição contestou os resultados.

O Decreto-Lei n.º 49 324 cria o Quadro Especial de Oficiais, destinado à instrução e enquadramento de unidades do Exército na metrópole e no Ultramar.

Primeira série de concertos da temporada de 1969-1970 da Orquestra de Câmara Gulbenkian no Grande Auditório da FCG, em Lisboa.

António Ramos Rosa publica A Construção do Corpo (Lisboa: Portugália).

A partir do seu número 73, a revista O Tempo e o Modo inicia a publicação de «uma nova série», com orientação ideológica distinta da original. O director é João Bénard da Costa.