Cronologias

Entra em serviço a central termoeléctrica de Silves. Funcionava a gasóleo e tinha uma potencia de 197MW.

O diplomata austríaco Kurt Waldheim torna-se o quarto secretário-geral das Nações Unidas.

Início do boicote ao café de origem angolana na Holanda, promovido pelo Comité Angola e sob o lema «Café holandês, sangue angolano».

É criado em Lisboa o Centro de Apoio aos Trabalhadores Ultramarinos (CATU). Nos anos seguintes, procurará enquadrar muita da emigração cabo-verdiana. O Governo português promove a vinda destes imigrantes a fim de colmatar a falta de mão-de-obra que se fazia sentir nas obras públicas (construção do metropolitano de Lisboa, de hotéis no Algarve, de obras várias no Porto). Calcula-se que, entre 1963 e 1974, tenham vindo para Portugal 104.767 imigrantes cabo-verdianos.

Surge em Coimbra a República Rosa Luxemburgo, casa de estudantes exclusivamente feminina. Rompe-se assim uma prática até então exclusivamente masculina.

Abre na Avenida da Igreja a primeira loja da estilista de moda Ana Salazar. A esta primeira loja Maçã seguir-se-á uma outra, em 1976, na Rua do Carmo.

Em 1972, o número de linhas telefónicas instaladas é 34.378, mas os pedidos em espera são 58.695.

O bispo de Nampula, D. Manuel Vieira Pinto, exprime numa homilia o seu desagrado relativamente aos «problemas sociais existentes» em Moçambique, criticando a política do Governo da metrópole.

Na cidade da Beira, em Moçambique, o padre Joaquim Teles Sampaio prega «Se queres a Paz trabalha pela Justiça», denunciando as atrocidades cometidas por forças militares portuguesas em Mucumbura, no interior de Tete, em novembro de 1971. A 14 de janeiro, os chamados «padres do Macúti» (Joaquim Teles Sampaio e Fernando Mendes) são presos pela PIDE/DGS sob acusação de crimes contra a segurança do Estado. Ficarão presos na Beira cerca de um mês, sendo depois transferidos para a prisão da Machava, onde permanecerão cerca de um ano. Serão os primeiros padres brancos a serem presos pela PIDE/DGS em contexto colonial.