Informação e Saúde
Nas sociedades contemporâneas a importância das comunicações e, particularmente, das tecnologias da informação e comunicação (TIC), apresenta se, cada vez mais, como um elemento central para o desenvolvimento económico e social. O domínio da prestação dos cuidados de saúde não é exceção. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) assumem um papel crescentemente importante no âmbito dos sistemas de saúde pela potencial produção de benefícios para os cidadãos, para os profissionais e para as entidades prestadoras dos serviços ao promoverem modos de relacionamento mais seguros, acessíveis e eficientes no domínio dos cuidados de saúde. O notório crescimento do recurso às TIC por parte dos cidadãos para pesquisar assuntos relacionados com a saúde é hoje evidente. Também os cuidados de saúde têm colhido benefício dos constantes desenvolvimentos e inovações tecnológicas, nas ciências da vida e da saúde em geral, particularmente, nas ciências médicas. Mas a introdução crescente das TIC nos sistemas de saúde traz novos desafios às instituições de saúde bem como aos seus profissionais, fruto das novas competências que exige e do investimento financeiro adicional a que obriga.
Este estudo, da autoria da socióloga Rita Espanha, procura analisar essas vantagens e desafios, através de um levantamento, tão sistemático quanto possível, de informação disponível, nacional e internacional, contextualizada, sobre a matéria em causa, debruçando-se sobre temas como:
• a prescrição eletrónica de medicamentos
• a virtualização de processos
• a telemedicina
• a interoperabilidade de sistemas
• a disponibilização de informação de saúde pública
• as ameaças que a da circulação descentralizada de informação trazem para a proteção dos direitos individuais e para a reserva da privacidade e intimidade dos cidadãos, em todos os níveis da prestação de cuidados de saúde.
Com este estudo, a Fundação Francisco Manuel dos Santos procura ajudar a estabelecer bases consistentes para a realização de uma pesquisa sistemática e orientada à ação sobre a importância e os modos de desenvolvimento em informação e comunicação em saúde, no contexto da sociedade portuguesa contemporânea, identificando as principais tendências e desafios que permitam a construção de uma agenda estratégica na área da informação em saúde.
