Cronologias

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) procede à destruição da Grande Mesquita de al-Nuri em Mosul, no Iraque. Algumas partes deste templo datavam do século XII.

É publicado o Decreto-Lei n.º 71/2017, introduzindo novas regras à Lei da Nacionalidade (Lei n.º 37/81) propostas pelo PS. Os filhos de estrangeiros residentes legalmente há dois anos têm direito automático à nacionalidade. Entre outras novidades, pretende também desburocratizar os processos de naturalização.

Morre o antigo ministro da Economia Miguel Beleza (1950-2017), ficando conhecido por ter supervisionado a entrada do escudo no Sistema Monetário Europeu.

Exposição Missão Fria, de Pedro Casqueiro, na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa.

É assinada a paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Governo de Bogotá, que põe fim a um longo conflito de 53 anos naquele país da América do Sul. Morreram 220 mil pessoas e houve seis milhões de deslocados em virtude do conflito.

Morre a advogada e política francesa Simone Veil (1927-2017). Sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, foi de 1956 a 2005 ministra no Governo francês em várias pastas, deputada e presidente do Parlamento Europeu e conselheira do Conselho Constitucional de França. A ela se deve a despenalização do aborto no país.

É publicado, e entra em vigor a 30 de julho, o Decreto-Lei n.º 80/2017, que altera o Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos, obrigando as pessoas que recorrem ao chamado «alojamento local» através de plataformas online como a Airbnb, a certificarem e registarem esses espaços junto do Estado.

43.º Festival Internacional de Música de Espinho, com vários músicos estrangeiros.

Morre Mário Soares (1924-2017), ao fim de 26 dias em coma. Foi uma figura maior no processo de instalação de um regime democrático em Portugal, antes e depois do 25 de abril de 1974, ou do 25 de novembro de 1975. Filho de um opositor republicano à Ditadura e oposicionista ao Estado Novo desde o MUD (1945) ao 25 de abril de 1974, Soares esteve preso 13 vezes, sofreu uma deportação e dois exílios, liderou posteriormente o processo de integração de Portugal na Comunidade Europeia. São decretados três dias de luto nacional, o corpo é velado nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, de onde parte o cortejo fúnebre com honras de Estado a 10 de janeiro, até ao Cemitério dos Prazeres. Foi o 17.º Presidente da República (1986-1996), tendo sido primeiro-ministro em 1976-78 (I e II Governos Constitucionais) e em 1983-85 (IX Governo Constitucional).