Cronologias

Início da publicação do matutino O Dia, sob a direção de Vitorino Nemésio, tendo como director-adjunto David Mourão-Ferreira. A sua redação era em boa parte composta por um grupo de 20 jornalistas que havia abandonado o Diário de Notícias por discordância com a orientação editorial, próxima do PCP. A partir de finais de 1976 este periódico, sob a direção de João Coito, terá uma progressiva inclinação conservadora, nacionalista e católica. O Dia terminou a publicação em janeiro de 2005.

É publicada uma resolução do Conselho da Revolução, de 29 de novembro, que exonera do cargo de presidente dos Serviços de Apoio do Conselho da Revolução o vice-almirante Rosa Coutinho e designa para o cargo o capitão de artilharia Rodrigo Sousa e Castro. Na mesma reunião, é aprovada a reorganização das Forças Armadas de acordo com o chefe de estado-maior do Exército, a extinção do Tribunal Militar Revolucionário e do Tribunal Militar Conjunto, e a reabertura de conversações para rever o Pato Constitucional MFA-Partidos.

O Decreto-Lei n.º 691/75 estabelece que as competências consultivas da Junta Nacional de Educação passarão a ser exercidas pelos directores-gerais de ensino.

O Decreto n.º 692/75 aprova o Acordo Geral de Cooperação entre os governos português e moçambicano.

Um comunicado da Presidência da República informa que estão presos 118 oficiais pelo seu envolvimento no 25 de novembro.

Estreia, nos cinemas Apolo 70, Berna, Eden e Pathé, em Lisboa, Prefácio a Vergílio Ferreira (1975), de Lauro António.

É extinta a Obra das Mães pela Educação Nacional, criada em 1936 com o apoio da Mocidade Portuguesa feminina. O Decreto-Lei n.º 698/75 estabelece ainda normas sobre o património e os trabalhadores da referida associação, bem como a criação de uma comissão liquidatária, à qual define as respetivas competências.

Uma ordem de serviço da direção da empresa anuncia que 14 jornalistas do Diário de Notícias estão suspensos e impedidos de entrar nas instalações sem autorização prévia. Entre eles encontram-se os antigos directores Luís Barros e José Saramago e outros elementos ligados ao PCP e à extrema-esquerda. Segundo o Diário de Lisboa, próximo do MDP/CDE, na sequência do 25 de novembro e até ao final do ano foram suspensos 156 jornalistas de vários órgãos de comunicação.

Primeira reunião entre militares e representantes do CDS, PPD, PS, MDP/CDE e PCP para a alteração do Pato Constitucional MFA-Partidos.