Cronologias

Recomeçam as emissões da Rádio Renascença a partir de Lisboa. Na semana de 20 de setembro tinham corrido boatos sobre a sua entrega ao patriarcado e o seu realinhamento com a Igreja Católica.

As Brigadas Revolucionárias anunciam o seu regresso à clandestinidade. Algumas fontes referem que, entre julho de 1975 e maio de 1978, existe a marca desta organização em, pelo menos, 29 assaltos e diversos rebentamentos explosivos. Várias destas ações serão descritas «recuperação de fundos», isto é assaltos a bancos.

Manifestação em Lisboa a favor do «Poder Popular».

O Decreto-Lei n.º 592/75 autoriza a emissão de um empréstimo interno de obrigações do Tesouro para apoio aos retornados até um valor máximo de 2 milhões de contos.

Início da greve dos trabalhadores da indústria de panificação.

A Portaria n.º 619/75 fixa limites à venda de divisas estrangeiras a residentes em território nacional, bem como de outros meios de pagamento sobre o exterior, para efeito de viagens e turismo, revogando a Portaria n.º 359/75, de 11 de junho.

Ocorre no Porto um atentado bombista de extrema-direita contra a Editorial Inova, que se preparava para editar um livro com discursos de Vasco Gonçalves. A ação foi atribuída ao MDLP. Desde o início do mês de outubro com a ocupação do Centro de Instrução Auto do Porto/ Regimento de Artilharia da Serra do Pilar (CICAP/RASP) e a substituição de Eurico Corvacho por António Pires Veloso, no comando da Região Militar do Norte, que os confrontos políticos se agudizam nesta cidade. A 15 e a 21 de outubro tinham já sido atacadas à bomba a sede da LCI e a Livraria «Avante!».

O Decreto-Lei n.º 595/75 autoriza a emissão de um empréstimo interno até 5 milhões de contos para o Plano de Investimentos Públicos.

O Decreto-Lei n.º 597/75 permite a nomeação de gestores ou comissão de gestão nas empresas que não funcionem em termos de contribuir normalmente para o desenvolvimento económico do país.