Cronologias

O Decreto-Lei n.º 458-A/75 suspende transitoriamente a vigência do Acordo de Alvor, no que diz respeito aos órgãos do Governo de Angola. As tropas portuguesas não intervêm no conflito e continuam a evacuar a população branca.

O Decreto-Lei n.º 458-B/75 cria e define a constituição de uma Junta Administrativa e de Desenvolvimento Regional nos Açores.

Nota do conselho permanente do episcopado sobre a violência.

Uma resolução do Conselho de Ministros suspende os órgãos sociais da empresa têxtil Manuel Gonçalves, SARL, nomeando em sua substituição uma comissão administrativa.

Encontra-se constituído o elenco para o VI Governo Provisório, chefiado por Carlos Fabião. A tentativa de acordo entre o «Grupo dos Nove» e Otelo Saraiva de Carvalho fracassa e Carlos Fabião acaba por desistir de formar Governo.

Manifestações em Leiria e Vila Real de apoio ao episcopado. Em Leiria, a situação de cerco às sedes dos partidos de esquerda arrastou-se durante três dias, de 24 a 26 de agosto. Em Leiria o ataque às sedes dos partidos de esquerda (PCP, LCI, MES, FSR, FEC-ML, etc.) faz um morto e 30 feridos.

O Decreto-Lei n.º 461/75 transfere para o Orçamento Geral do Estado os encargos com a segurança social financiados pelo Fundo de Desemprego.

Sai o primeiro número do jornal A Luta, dirigido por Raúl Rêgo e pela equipa redatorial afastada do República.

Reunião do Directório com os chefes dos Estados-maiores. Carlos Fabião renuncia a formar Governo, sendo substituído por Pinheiro de Azevedo. Vasco Gonçalves passaria a chefe do Estado-maior General das Forças Armadas. A nomeação não é bem aceite por setores importantes do Exército.