É emitido um comunicado do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) onde se divulga que, em dezembro de 2019, fora reportado ao comandante da 6.ª Força Nacional Destacada (FND), na República Centro-Africana, o eventual envolvimento de militares portugueses em atos ilícitos. O comandante da FND relata a situação ao EMGFA, que entrega a denúncia à Polícia Judiciária Militar (PJM) para investigação. Refere o mesmo comunicado que a PJM fez a respetiva denúncia ao Ministério Público, que nomeou como entidade responsável da investigação a Polícia Judiciária civil. A investigação judiciária ganha o nome de Operação Miríade, que põe então a descoberto o envolvimento de algumas dessas forças no tráfico de droga e diamantes. Dado tratar-se de uma missão da ONU naquele país, surgem questões sobre quem informou quem, e de quê. O Presidente da República alude a uma «leveza institucional». Aparentemente, esta chamada «Máfia dos Comandos» serviu para angolanos «lavarem» € 27 milhões provenientes de Angola.