O INE confirma que o défice de 2016 se ficou nos 2,1% do PIB, o mais baixo desde 1974, estando assim abaixo de todas as previsões nacionais e internacionais, ao mesmo tempo que indicia já que a Comissão Europeia em maio permitirá que o país saia do Procedimento de Défice Excessivo a que estava sujeito desde o resgate da troika. Todavia, o passivo financeiro na Caixa Geral de Depósitos pode obrigar o Estado a ter de recapitalizá-la, empurrando o défice para mais de 3% do PIB. O ISEG, por sua vez, prevê que o PIB de 2017 possa crescer de 1,7% a 2,1% do PIB. Em abril, fica-se a saber que o ministro das Finanças Mário Centeno, em vez de poupar os 900 milhões de euros previstos, poupou afinal 3319 milhões de euros, e que 83% da redução do défice veio da contenção da despesa, nomeadamente através de processos de cativação de verbas já orçamentadas, ao contrário do prometido pelo Governo.