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As profissões condenadas pela automação

As profissões condenadas pela automação

Uma análise ao risco de automação e computorização de cada uma das profissões no mercado de emprego dos EUA. Tema do Fronteiras XXI de 15 de Março.
3 min
Dois investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, lançaram em 2013 um estudo inédito: uma análise ao risco de automação e computorização de cada uma das profissões no mercado de emprego dos EUA.

 

Carl Frey e Michael Osborne analisaram 702 profissões e construíram um modelo matemático para calcular a probabilidade de estas ocupações desaparecerem ou serem reajustadas pelos avanços da tecnologia num prazo de 10 a 20 anos (ver estudo).

As conclusões espantaram os próprios investigadores. O estudo revelou que quase metade dos trabalhos nos EUA (47%) estão condenados a serem automatizados. E não são apenas os empregos industriais ou as manufacturas que estão em causa: a maioria das profissões ligadas ao sector do transporte e logística, bem como uma parte significativa dos trabalhos administrativos e até dos serviços, têm um elevado grau de risco de desaparecerem.

Apesar de se terem debruçado apenas sobre a realidade norte-americana, Frey e Osborne admitem que as principais conclusões do estudo podem estender-se ao mercado de emprego de outros países desenvolvidos.

Aqui ficam 50 exemplos de profissões com maior e menor risco de serem substituídas por computadores ou que simplesmente deixam de ser necessárias num mundo mais tecnológico. À frente de cada uma está o grau de risco identificado pelos investigadores, em que o mínimo risco é 0 e o máximo risco é 1.

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Profissões por ordem crescente de risco:

Médico e cirurgião (0.0)
Dentista (0.0)
Técnico de saúde mental (0.0)
Gestor de serviços sociais e comunitários (0.0)
Professor do pré-escolar (0.0)
Padre/ministro do templo (0.0)
Enfermeiro (0.0)
Terapeuta familiar (0.01)
Executivo de topo (0.01)
Administrador de escola/creche/centro de cuidados de crianças (0.01)
Engenheiro Civil (0.01)
Designer de moda (0.02)
Advogado (0.03)
Pintores, escultores e ilustradores (0.04)
Arquitecto paisagista (0.4)
Chefe de cozinha  (0.1)
Engenheiro Electrotécnico (0.1)
Terapeuta (0.01)
Cabeleireiro/Esteticista (0.11)
Dançarino/ Bailarino (0.13)
Porteiro (0.21)
Atleta e desportista de competição (0.28)
Canalizador, montador de tubagens e cabos (0.35)
Hospedeira, comissário de bordo e tripulantes de cabine (0.35)
Juiz e magistrado (0.4)
Funcionário judicial (0.43)
Analista de mercados e especialista de marketing (0.61)
Motorista de camionetas ou condutor de serviços de entregas (0.69)
Técnico de Engenharia Civil (0.75)
Cozinheiro de fast food (0.81)
Desenhador de material eléctrico e electrónico (0.81)
Trabalhador de chapas de metal (0.82)
Leitor de contadores (0.85)
Operador de maquinaria computorizada (metais e plásticos) (0.86)
Funcionário de parque de estacionamento (0.87)
Taxista e chofer (0.89)
Assistente de recursos humanos (0.90)
Funcionário de impostos (0.93)
Motorista de veículos industriais e tractores (0.94)
Contabilista e auditor (0.94)
Carteiro (0.94)
Assistente jurídico (0.96)
Operador de centrais telefónicas e outros serviços de atendimento (0.96)
Trabalhador de apostas (0.96)
Trabalhador agrícola (0.97)
Operador de caixa (0.97)
Administrativo (0.97)
Investigador e avaliador de queixas (0.98)
Operador de registo de dados (0.99)
Avaliador de seguros (0.99)

No próximo programa Fronteiras XXI, saiba mais sobre as profissões do futuro, as que estão em risco de desaparecer e como nos devemos preparar para os desafios que aí vêm: Como será o trabalho no futuro?, dia 15 de Março, às 22h00, na RTP3 e online.

O acordo ortográfico utilizado neste artigo foi definido pelo autor.

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