Cronologias

Conclusão da 57.ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, sendo aprovada uma resolução que condena a atuação de Portugal em África – Resolução relativa à política de opressão colonial, de discriminação racial e de violação dos direitos sindicais por Portugal em Angola, Moçambique e Guiné. A delegação portuguesa vê-se forçada a abandonar os trabalhos após esta aprovação.

Abre ao público na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, a exposição coletiva «EXPO-AICA-SNBA 1972». Esta mostra, organizada pela secção portuguesa da AICA, repetir-se-á em 1974.

Realiza-se, em Lisboa, uma greve aos exames no Instituto Superior Técnico.

Publicações do Comité de Desertores Portugueses na Dinamarca – o boletim Insurreição – e na Suécia – o órgão Guerra à Guerra, de inspiração maoísta. Em 1973 desertariam cinco marinheiros durante a permanência da fragata Almirante Magalhães Correia em portos dinamarqueses. Entre 1961 e 1974 cerca de 200 mil mancebos faltaram à incorporação militar. Portugal tinha percentualmente em armas mais homens que qualquer outro país ocidental, à exceção de Israel.

Marcelo Caetano faz uma comunicação ao país pela rádio e pela RTP, reiterando a orientação política em África, pondo de parte a hipótese de independência para as «províncias ultramarinas».

O Decreto-Lei n.º 225/72 funde as empresas públicas Imprensa Nacional e Casa da Moeda, constituindo uma nova empresa pública com a designação «Imprensa Nacional – Casa da Moeda». Estabelece e atualiza ainda as suas atribuições.

O Decreto-Lei n.º 227/72 autoriza os Fundos Cambiais de Angola e Moçambique a contraírem empréstimos em escudos metropolitanos de 500 mil contos.

O Decreto-Lei n.º 226/72 reorganiza a Secretaria-Geral da Assembleia Nacional e da Câmara Corporativa.

Realiza-se a quarta reunião plenária das negociações entre Portugal e a CEE. A ronda de negociações continuará a 14 de julho com a quinta reunião plenária.