O Ministério Público (MP) torna pública a acusação ao ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, de abuso de poder, de denegação de justiça e de prevaricação, ficando o mesmo proibido do exercício de funções. O ex-director da PJM Luís Vieira e o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar (PJM) Vasco Brazão são acusados de associação criminosa, de tráfico e mediação de armas, de falsificação ou contrafação de documentos, de denegação de justiça e de prevaricação e de favorecimento pessoal praticado por funcionários. O ex-militar João Paulino, apresentado como presumível autor do furto de armas, é acusado de seis crimes, um dos quais terrorismo. No total, o MP acusa 23 arguidos, entre os quais, seis elementos da PJM e seis militares da GNR, de crimes como terrorismo, de associação criminosa, de denegação de justiça, de prevaricação, de falsificação de documentos, de tráfico de influência, de abuso de poder, e de receptação e detenção de arma proibida. Em reação, o ex-ministro Azeredo Lopes considera a acusação “eminentemente política” e sem provas, informando que vai pedir a abertura da instrução. O presidente do PSD, Rui Rio, considera “pouco crível” que António Costa não soubesse do encobrimento que recaía sobre Tancos, afirmando que “tudo leva a crer” que haja uma encenação do Governo para que as notícias que foram saindo envolvessem o Presidente da República.