A JSN decide deixar partir Américo Tomás e Marcelo Caetano para o Brasil, causando surpresa e descontentamento entre a opinião pública de esquerda que pretendia o seu julgamento. Os antigos ministros Silva Cunha e Moreira Baptista permanecem no Funchal.
Criação do Movimento Nacional Pró-Divórcio. A 21 de junho realiza o seu primeiro comício no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, juntando cerca de 10 mil pessoas. Pediam a revisão da Concordata e a legalização dos filhos ditos ilegítimos. A 19 de julho organizaram nova manifestação junto à Nunciatura Apostólica, exigindo a revisão imediata da Concordata.
Têm início movimentações para criar uma organização sindical para as empregadas domésticas. A 10 de novembro são finalmente aprovados os estatutos do Sindicato Livre das Empregadas Domésticas, bem como a sua direção.
Grupos de «católicos progressistas e outros socialistas», como Manuel Serra, aderem ao PS. No início do mês de maio fora criada a Juventude Socialista. A 15 e 16 de fevereiro de 1975, realizar-se-á, na Costa da Caparica, o seu I Congresso Nacional, que marcou a formalização desta organização, tendo sido eleito o seu primeiro líder, Alberto Arons de Carvalho.
Em muitas escolas, os professores exigem um saneamento nas estruturas do Ministério da Educação e Cultura. Um pouco por todo o país, os antigos directores dos estabelecimentos de ensino são substituídos por comissões directivas, eleitas em assembleia.
Três despachos designam, respetivamente, Francisco Sá Carneiro ministro-adjunto do primeiro-ministro, Álvaro Cunhal, ministro sem pasta, e Francisco Pereira de Moura, igualmente ministro sem pasta, delegando-lhes os respetivos poderes de competência.