A Assembleia Geral das Nações Unidas aprova, por larga maioria, a Resolução 1514 (XV), conhecida como «Declaração Anticolonialista». Inicialmente proposta pela Guiné-Conacri, apresentada pela Rússia e apoiada pelos países afro-asiáticos, esta resolução liga de forma definitiva a autodeterminação ao processo de descolonização e considera ilegal toda a prática colonial. No dia seguinte, a Assembleia Geral aprovou a Resolução 1541 (XV), que definiu o conceito de território não-autónomo e a Resolução 1542 (XV), que considera como colónias os territórios não-europeus sob administração portuguesa. Esta última resolução foi aprovada por 68 votos a favor, seis votos contra (África do Sul, Bélgica, Brasil, França, Portugal e Espanha) e 17 abstenções (entre elas, EUA e Reino Unido). A política africana portuguesa era, assim, posta em causa no plano internacional.