É detetado o furto de material de guerra em dois dos Paióis Nacionais do Exército, no perímetro militar de Tancos, através do arrombamento das fechaduras. É chamada ao local a Polícia Judiciária Militar, mas o caso só chega à comunicação social a 29 de junho. Entre o material roubado, estão explosivos, granadas de gás lacrimogéneo e granadas foguete anti-carro, obrigando por isso à entrada em cena da Unidade de Coordenação Anti-Terrorista. O Chefe do Estado-maior do Exército, o general Rovisco Duarte, exonera cinco chefias militares e diz em entrevista que a escolha dos paióis decorreu de informação interna, ordenando a abertura de três processos de averiguações. No seguimento de um intrincado processo de denúncias, escutas, relatórios e declarações à comunicação social, o ministro da Defesa, Azevedo Lopes, passa a ser um dos alvos políticos. A Comissão Parlamentar de Defesa requereu os resultados da auditoria do Exército ao caso. A 18 de outubro, a Polícia Judiciária Militar «encontra» o material furtado no terreno baldio do concelho da Chamusca. Há inclusive uma caixa a mais que não constava do rol inicial. Passado um ano, o ministro Azeredo Lopes demite-se, sendo substituído na pasta a 14 de outubro de 2018 por João Gomes Cravinho.