A emergência de novas formas de organizar o trabalho, seja a economia digital, a economia de rede ou a economia de partilha, contribuiu para uma crescente desmaterialização da produção, das relações laborais e até dos locais de trabalho.
No livro de Nick Saval, «Cubed», é exposta a história do espaço de trabalho desde os escritórios das fábricas do século XIX até à ficha elétrica localizada num sítio qualquer, numa atividade em que é fluída a fronteira entre trabalho e lazer. O lado negro da desmaterialização do posto de trabalho, porém, é que quando o nosso gabinete é a nuvem, o trabalho persegue-nos em todo lado.
«O arranjo que nasceu nas entranhas da fábrica do século XIX e que se manteve vivo no escritório do século XX poderá estar próximo do fim; se assim for, dois séculos de separação entre a casa e o trabalho foram uma anomalia histórica. O trabalho nunca mais será lugar, e a casa nunca mais será um escape.» (Lepore, New Yorker, 2014)
Num mundo em que se desvanecem os contratos de trabalho, e com eles as instituições que protegem os trabalhadores, torna-se necessário redesenhar os mecanismos de bem-estar social. Felizmente, com informação completa e acessível, passa a ser possível considerar programas desenhados à medida de cada indivíduo, programas que os próprios podem gerir com liberdade ao longo da sua vida e asseguram padrões adequados de justiça social.
Conferences that bring together leading national and international experts on topics ranging from ethics to issues, from women to young people, from social security to ageing, from economics to science and the universe.