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5 Leituras #26, por João Villalobos: O Facebook está perto do fim?

Sugestões de leitura de João Villalobos, autor do retrato «Terapias, energias e algumas fantasias», publicado pela FFMS.
4 min
Novo artigo da rubrica «5 Leituras», em que um autor da Fundação sugere a leitura de cinco artigos ou a visualização de vídeos publicados na internet, em língua portuguesa, espanhola ou inglesa. João Villalobos, autor do retrato ‘Terapias, energias e algumas fantasias’.

No meu recente livro editado pela FFMS, Terapias, Energias e Algumas Fantasias, falo também do efeito que as plataformas digitais como o Facebook têm para a difusão e partilha de conteúdos inusitados e a constituição de grupos ou "comunidades" que promovem as suas crenças e experiências, mesmo as mais questionáveis cientificamente. Sendo que esse papel social da plataforma se encontra neste momento sob severo escrutínio e questionamento.

O Facebook é um inimigo da democracia
Opinião de Diogo Queiroz de Andrade
(Em língua portuguesa)

O Facebook está em especial debaixo de fogo por ter partilhado indevidamente informação que incluía dados sobre cerca de 50 milhões de utilizadores, o que está a levar muitos a abandonarem a rede social criada por Mark Zuckerberg. Sobre isso, vale a pena ler o que escreveu recentemente Diogo Queiroz de Andrade no Público: «Todas as notícias publicadas nos últimos dois anos confirmam que o Facebook é, mais do que uma ameaça à democracia, um inimigo do sistema. A forma como mina o debate público, como prejudica a liberdade de imprensa e como promove o discurso de ódio já seriam suficientes para o libelo. Mas o facto de permitir que os seus dados sejam usados para mecanismos de manipulação descarados e que a empresa tente esconder esse facto do grande público é um sinal claro da atitude de superioridade em que julga viver.»

Facebook And Uber, Eye On A European Techlash
Texto de Marc Alves para o WorldCrunch
(Em língua inglesa)

O texto do director-adjunto do jornal português teve aliás direito a citação pelo site WorldCrunch, num artigo onde se defende que os acontecimentos recentes levaram a que o “imperialismo de Silicon Valley” esteja sob os holofotes e a provocar uma reação europeia. O presidente francês Emmanuel Macron é um dos envolvidos na alteração do Sistema legal para que não se permita aos gigantes norte-americanos como o Google, Facebook ou Apple pagarem baixos impostos na Europa.

O domínio dos media está a afastar-se dos gigantes de Silicon Valley, defende Justin B. Smith
Buzzmedia
(Em língua portuguesa)    

Em entrevista ao The Drum, o diretor geral da Bloomberg, Justin B. Smith, considerou que o domínio dos media já não é garantido para os gigantes do ciberespaço, nomeadamente o Facebook e o Google, como menciona o site BuzzMedia.

Bloomberg chief says pendulum of media dominance is swinging away from Facebook and Google
Opinião de Ian Burrell no The Drum
(Em língua inglesa)

As afirmações do responsável surgem numa altura em que a Bloomberg  lança a rede noticiosa TicToc, através do Twitter, como é explicado aqui: “Bloomberg chief says pendulum of media dominance is swinging away from Facebook and Google”.

One day we'll stop using Facebook. What happens next?
Opinião de Seamus Byrne no site da ABC News
(Em língua inglesa)

Finalmente, a este propósito destacaria um artigo de opinião escrito em 2017 por Seamus Byrne, mas que se mantém bem actual na tentativa de resposta à pergunta sobre como viveremos sem o Facebook. “Estamos realmente dispostos a pagar (por alternativas) apesar de tão habituados a obter tanto e de borla?”, questiona ele no site da ABC News, acrescentando: “If Facebook has become one network to rule them all, then the future looks like a splintered, fractured mess”.

Permitir à sociedade civil – através da partilha de conhecimento – resolver a “bagunça” que é a nossa vida constitui o propósito do trabalho de edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, tal como o entendo. Daí a razão para estas minhas escolhas, esperando que apreciem as pistas de reflexão.

João Villalobos é autor do retrato ‘Terapias, energias e algumas fantasias’, publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

O acordo ortográfico utilizado neste artigo foi definido pelo autor

Portuguese, Portugal