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Ashton Applewhite: Ageism is not that simple

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«Quero um mundo onde toda a gente seja tratada com respeito e onde a idade seja neutra, onde não tenha vergonha de ser velha». O apelo é feito por Ashton Applewhite, uma das mais reconhecidas vozes na luta contra o idadismo, e a convidada desta edição do programa «Isto não é assim tão simples».

Nesta entrevista, a escritora e ativista americana explica que o preconceito para com a idade é transversal a todas faixas etárias, mas que são os mais velhos os grandes alvos desta discriminação. «À medida que envelhecemos, os nossos corpos funcionam menos bem. Não, necessariamente, as nossas mentes», explica. «Quando as pessoas dizem 'não me sinto velho', o que realmente querem dizer é: não me sinto feio, não me sinto inútil, e não me sinto incompetente».

Como envelhecer é um processo inevitável, a autora do livro e manifesto anti-idadismo «This Chair Rocks», diz que a melhor abordagem é parar de o negar e ter uma atitude positiva perante a velhice. «É crescente o número de provas que mostram que as pessoas com sentimentos positivos e exatos sobre o envelhecimento vivem mais tempo: mais sete anos e meio».

Ashton Applewhite defende que é preciso aumentar a informação sobre esta fase da vida junto da população: «quanto mais soubermos sobre a idade e o envelhecimento, menos medo teremos».

Para a ativista, é no local de trabalho que a discriminação mais ocorre e onde o preconceito é mais visível, tanto nas faixas etárias mais jovens como nas mais velhas.

Ao mesmo tempo não tem dúvidas de que o envelhecimento é também uma questão de género, pois as mulheres são julgadas com mais severidade no emprego. Quando entram no mercado de trabalho, são «demasiado sensuais ou giras» para serem levadas a sério. Posteriormente, são consideradas «demasiado férteis e tornam-se um risco para os empregadores». «Mais tarde, deixam de ser sensuais ou férteis e acabou-se», nota. «As mulheres nunca têm a idade certa, não é?».

Na sua luta incessante para uma maior consciencialização e para a necessidade de uma verdadeira mudança cultural em torno da idade, Applewhite deixa uma solução simples: «façam um amigo mais velho ou mais novo. Isso, por si só, é um ato anti-idadismo».

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